Agora é lei: letra de médico nunca mais!

Letra de médico é um droga, e ser médico hoje é sinônimo de escrever garrancho! Só funciona naquele atestado médico em que só o que importa mesmo são os dias de licença médica.

Lembro que certa vez, de madrugada, tive que voltar ao maldito pronto-socorro para re-escrever uma receita médica porque em duas farmácias não conseguiram entender o que o malandro prescreveu para minha filha. Isso debaixo de chuva e ela com febre de quase 40 graus! Geralmente pergunto várias vezes o nome do remédio, mas naquele dia, no meio da crise, havia esquecido completamente.

Receituário Médico Ilegível
Receituário: um doce para quem decifrar!

Mas agora a maldição das receitas ilegíveis parece que chegou ao fim, pelo menos aqui no Distrito Federal: o nosso benevolente governador Arruda sancionou uma lei que obriga que todas as receitas feitas por médicos e dentistas nos hospitais públicos e particulares do DF sejam informatizadas. E ainda dá ultimato: o prazo para a implementação do sistema é de 90 dias.

Mas nem tudo são flores. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal acha que três meses é pouco tempo para a instalação do sistema eletrônico e já prevê atraso no cumprimento da lei na rede pública. E o Sindicato dos Médicos do DF reza na mesma bíblia, com a desculpa para já comunicar o atraso pois nem todos os médicos sabem utilizar computador e Internet. E os coitadinhos precisam de mais tempo para “capacitação“!

Será que esses caras não conhecem estagiários?

Fonte: G1

8 respostas para “Agora é lei: letra de médico nunca mais!”

  1. Pingback: Anônimo
  2. Raphael, eu acho que essa lei deveria ser extendida a todos os profissionais, já que tenho um amigo advogado que adora deixar bilhetinhos para mim, mas que invariavelmente vão parar nas mãos de um farmacêutico, pq eu nunca consigo decifrar os hieroglifos!

    Mas falando sério, essa (abominável) prática difundida entre a classe médica é no mínimo irresponsável, que pode acarretar em trocas de medicamentos e sabe-se Deus no que mais! Já que nem todos os doutores sabem mexer no PC, que tal a boa e velha letrinha de forma? Ou quem sabe um bloquinho de receituário pautado como caderno de caligrafia…

    Seu blog é excelente, um veneno, que prejudica o bom andamento do meu serviço! =]

    Parabéns!

  3. Espero que comece a ser seguida o mais rápido possível pois as vezes deixamos pra comprar determinado remédio dias depois da consulta e se não lembrarmos o nome do medicamente é grande a chance que o farmacêutico não entenda a letra! hehe

    Abraços

  4. Adorei a tal da informatização das prescrições médicas…ninguém merece os garranchos infelizes….eu acho o seguinte: pra passar no mínimo 6 anos em uma faculdade, pelo menos escrever direito é uma obrigação…ou será que essa é uma forma encontrada de se proteger das possíveis consequências de determinadas ações duvidosas??? Só pode ser!…

  5. Também acho que o receituário bem como todos os documentos hospitalares internos referentes a pacientes devem ser informatizados…no entanto, os comentários assinalados no post são sofríveis. Pois nem todo médico tem caligrafia incompreensível e, além disso, a pressão exercida pelo Sistema Único de Saúde e pelos convênios médicos sobre o profissional médico para que este atenda mais pessoas e em menor tempo propicia os tão falados garranchos entre outras coisas. É uma pena que estas pessoas que fizeram comentários anteriormente não tenham a compreensão da dificuldade do exercício da profissão médica.

  6. Letra ilegível é lamentável e não somente uma “pena” para a classe médica. Advogados, Juízes, Jornalista… enfim todos são passíveis em escrever garranchos. Agora, chamar o médico de “não conseguiram entender o que o malandro prescreveu para minha filha. Rafael Roale” ou “proteger das possíveis consequências de determinadas ações duvidosas??? Liliane M Paula” são afirmações ainda mais lamentáveis. A título de esclarecimento à senhorita Liliane, toda a conduta médica, tal como prescrições(receitas,…), orientações(informações dadas ao paciente), procedimentos (Imobilizações, pequenas cirurgias,..) são obrigadas por lei a constarem lá, e não será a receita ilegível que irá esconder tais atos. Já o senhor Rafael Roale, deveria ter mais reponsabilidade e respeito aos outros aos escolher as palavras em utilizar neste blog tão “bem” visitado.

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