Início das transmissões da TV Digital

Compare preços de TV Digita

Hoje o dia foi marcado por um momento histórico: o início da transmissão da TV Digital no Brasil. Por enquanto, apenas o estado de São Paulo tem acesso. Mas a meta do Ministério das Comunicações e do Governo federal é levar a TV Digital a todo o país até o final de 2009.

Se preparar para a TV Digital é barato. Compare os preços de aparelhos para converter sua tv para digital e aparelhos de TV já preparadas  para o novo sistema.

Caça da FAB cai no Cerrado. Não foi o primeiro acidente aéreo.

Segundo confirmou o Comando da Aeronáutica, um caça de modelo Xavante, da Força Aérea Brasileira (FAB), apresentou problemas e caiu hoje próximo à cidade de Formosa, no interior de Goiás, a cerca de 70 quilômetros de Brasília.

at-26-xavante 
AT-26 Xavante da FAB que caiu em Goiás

Ainda segundo a Aeronáutica, o caça Xavante estava em “missão operacional”, ou seja, autorizada pela FAB, e saiu de Brasília com direção a Petrolina (PE). Quando passava próximo a Formosa, teve dificuldades e caiu. O próprio piloto foi quem ligou do interior de Goiás para comunicar à FAB sobre o acidente.

Não foi a primeira vez que acontece um acidente aéreo com um Xavante. Em novembro do ano passado, um avião do mesmo modelo Xavante caiu em Anápolis, e foi registrada por Luciano Alves Gomes em uma foto tirada com a câmera de um telefone celular. O caça havia saído da Base Aérea para um treinamento de rotina. O piloto se ejetou do avião pouco antes da queda.

explosão_xavante_fab 
Foto do acidente aéreo com Xavante em 2006

O Xavante é um jato de treino avançado da FAB, que pode executar ainda missões de reconhecimento e ataque. No Brasil, foi construído sob licença pela Embraer, mas foi também produzido por outras nações, entre as quais Itália, Austrália e África do Sul.

Fonte: G1 e G1

Aquecimento Global: campanhas que não servem para nada

Aquecimento Global

Minha filha mais velha cursa a sexta série (ou sétimo ano, seilá, toda hora muda esse troço!). Seu último trabalho da escola foi na feira de ciências. Ela e seu grupo resolveram falar sobre ecologia e meio ambiente, e me pediram ajuda para buscar informações sobre as ações e campanhas para enfrentar o aquecimento global.

Então lá fui caçar no Google. É até fácil encontrar uma enxurrada de propostas, ações, campanhas, profecias, movimentos, e o que mais a criatividade permitir. Achei muita besteira sendo divulgada. Aí eu pergunto: por quê não concentrar os esforços para o que realmente pode ser aplicado por mim, por você, por minha filha e até pela minha avó?

Saca só o que encontrei. Proponho algumas mudanças:

Carro não é o meio de transporte ecologicamente mais correto Carro não é o meio de transporte ecologicamente mais correto. Use-o com moderação.

Ande mais em transporte coletivo ou reabilite sua magrela.

Como? A primeira coisa que minha filha falou quando tentei explicar o que significa foi: “Eu vou ter que passar a ir para a escola a pé? Aqui (em Brasília) não tem ônibus que passe lá na escola. Como a gente vai fazer?”. E aí? Como sair dessa?

Deviam trocar essa campanha por: “Senhores prefeitos… por favor, que tal colocar o metrô pra funcionar, diminuir o valor das passagens de ônibus, diversificar as linhas, contratar uma carroças, aumentar a segurança… assim podemos deixar as crianças andarem a pé por aí e deixar o maldito carro em casa.”

Lave seu carro a seco Que tal lavar o carro a seco?

Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a tradicional. Pense também em lavar menos seu carro.

Bem, eu tentei fazer aqui no cerrado. Não funcionou. Além de ser MUITO mais caro do que a lavagem comum, não dá pra tirar a terra vermelha encardida dos orifícios.

A campanha devia ser: “Não lave o seu carro! Ande com ele sujo! Ninguém liga! Ah… assim você economiza umas caronas porque ninguém vai querer andar num lixeiro!”

Pendure suas calcinhas no varal Pendure as roupas no varal em vez de usar a secadora.

E aquele truque de colocar panos e roupas para secar atrás da geladeira deve ser abolido, pois consome energia extra

Somos 4 pessoas em casa, a empregada vem duas vezes na semana e procuro não fazer minha mulher de Amélia. Não dá pra ficar sem secadora, não há vazão. Ou então compro uma fábrica de calcinhas e um lote inteiro de uniforme de escola. Agora que vou mudar para um apartamento é que a coisa vai piorar.

Vamos trocar para: “Prezados senhores especuladores imobiliários: por gentileza, parem de aumentar o valor do metro quadrado dos apartamentos e passem a construir prédios com áreas de serviço maiores e bem ventiladas, como aquele em que sua avó morava, assim podemos pendurar nossas cuecas e calcinhas com maior liberdade. E quem sabe até sequem para o dia seguinte!”

Não beba água da torneira O que há de errado em tomar água “torneiral”?

Saiba que ela é bem tratada antes de chegar a sua casa. Água engarrafada envolve o transporte em veículos a diesel.

Há! Há! Há! Essa é boa! Dá última vez que tentei fazer isso tive uma infecção intestinal do cacete. Eu não vou me arriscar a dar água da torneira para minhas crianças para poupar alguns quilos de embalagem plástica ou o combustível de caminhões à diesel. Tô fora.

Essa campanha aí vou fingir que nem fiquei sabendo.

Plante uma árvore Plante uma árvore

Ela pode absorver até 1 tonelada de CO2 durante sua vida e é bom abrigo para aves

Onde? Na minha privada? As cidades de hoje não tem lugar para esse tipo cuidado. Sem contar que o Ibama pode te aplicar uma multa por mexer em solo alheio.

O certo seria: “Seu imbecil! Não destrua as árvores que já existem! Ou quer morrer torrado e sufocado?”

Use saco de pano no supermercado Ao fazer compras, leve sua própria sacola.

Dê preferência as de pano resistente. Com esta medida, você deixará de participar da farra das sacolinhas plásticas.

Já vejo até a cena: papaizinho aqui entra no mercado com uma baita bolsa de pano; pega lá na gôndola uma caixa de leite, uma caixa de cerveja, uma pacote de cinco quilos de arroz, dois quilos de açúcar; enfio o açúcar na bolsa; a caixa de leite na cabeça; o arroz deixo no caixa; a cerveja tenho que tomar na hora pois não tem lugar na minha linda sacola de pano reciclado. Fala sério! Quem inventou esse troço não tem filhos.

Que tal mudar a campanha para: “Prezado gerente geral do supermercado! Entreguem as compras na casa de seus clientes! Sem custo adicional! E rápido!”

Prefira um bikeboy Prefira chamar um bikeboy, em vez de um motoboy

Além de mais barato, ele entrega seus documentos com maior rapidez e sem poluir o ar nem atrapalha o trânsito.

É… acho que vou começar a fazer isso. Só que a empresa vai ter que substituir todo o seu quadro de funcionários por triatletas. Cada solicitação de entrega de documentos que demando tem pelo menos 40Km na cabeça. Vai ser mesmo engraçado.

Peraí… que tal deixar ciclistas espalhados pela cidade. E cada entrega de documento seria como as corridas de bastão, só que com bicicletas! Pode até ser divertido.

Essa campanha aí esquece.

Quer saber mais? Compare preços de Livros e DVD’s sobre o Aquecimento Global

Fonte: Cartilha do PlanetaSustentável e WWF

Tartaruga de duas cabeças

A tartaruguinha aí debaixo é da espécie Tigre D’água – daquelas que se vendem nas estradas – e nasceu há alguns dias lá no Paraná, na Fazenda Reserva Romanetto.

Tartaruga de duas cabeças do Paraná
E aí? Vai encarar? Somos duas contra um!

A grande comoção é que não são gêmeas siamesas, o que é bastante comum. Ao contrário das siamesas, que usam o mesmo pescoço, as cabeças da tartaruga saem de pescoços diferentes e cada uma delas se alimenta de maneira independente. É o terceiro caso no mundo, e o único no Brasil.

O detalhe é que a cabeça direita comanda os membros do lado direito e a cabeça da esquerda, os membros esquerdos. Mas ela caminha bem mesmo assim.

Confesso que fiquei com um pouco de inveja desta notícia. Aliás, com tanta coisa pra fazer e pensar, duas cabeças que agem sozinhas seria uma mão na roda.

Me diga aí: o que faria com duas cabeças?

Fonte: G1

Nota de um milhão de dólares

Tudo bem querer ficar rico de graça, mas essa aí é demais!

Um imbecil americano resolveu fazer uma brincadeirinha com um banco de uma cidade lá da Carolina do Sul: tentar depositar uma nota de U$ 1 milhão. Resultado? Foi  indiciado por falsidade ideológica e desordem.

Nota de um milhão de dólares

O cara tinha mesmo é que levar umas porradas!

Fonte: como sempre, G1

Escopiões no Cerrado: a invasão começou!

Eu já havia comentado por aqui sobre a temporada de escorpiões no cerrado com a chegada das chuvas. Mas parece que a a invasão começou de verdade!

Escorpião-Amarelo atazanando o cerrado
Sou lindo, não sou? Vejam meus olhinhos…

Agora, os escorpiões estão invadindo os apartamentos de moradores de prédios de Brasília. Para prevenir a entrada dos aracnídeos, os moradores têm buscado alternativas e fechando as frestas das portas, lacrando lustres e tomadas e colocando telas nas janelas. Mesmo com todas essas medidas, a invasão continua: eles aparecem mais dentro dos apartamentos porque entram pela tubulação de luz que nos prédios mais antigos está completamente esburacada.

Escorpião comendo uma barataDepois da visita da equipe de Zoonoses de Brasília e de ver algumas imagens dos aracnídeos, os biólogos disseram que o escorpião amarelo encontrado é o mais venenoso. Os técnicos ficaram espantados com a quantidade: como existem muitos filhotes, a probabilidade de ninhos nos prédios é gigantesca. Mas sabem qual é uma alternativa legal para combater os escorpiões? Criar galinhas. É sério. As galinhas são predadoras naturais de aracnídeos e adoram uma bagunça. Tem até escola e outros estados pensando no assunto. O problema vai ser limpar a titica dos elevadores.

Mas no final das contas a galera tem que entender o seguinte: os escorpiões já estavam por aqui antes de enfiarem o Niemeyer pela goela do cerrado. E que esses bichinhos adoráveis salivam por uma baratinha. Então entramos numa espiral negativa: mais lixo é produzido, mais baratas aparecem com mais escorpiões pipocando pelos buracos. E dá-lhe perninhas inchadas e hospitais lotados.

Ah! Pra quem gosta MUITO de escorpiões, acesse a Biblioteca de Escorpiões da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega. E divirta-se.

Mas em caso de picada de escorpião, não se preocupe (gasp!).

Veja os primeiros socorros:

  1. Mantenha a pessoa o mais imóvel possível, principalmente a região ou o membro picado. E nada de ficar chupando o sangue. Práticas caseiras como sangrar, espremer ou sugar o local da picada, têm demonstrado pouca eficiência.
  2. O procedimento correto é levar a vítima ao posto de saúde mais próximo, onde será aplicado um tratamento à base de anestésicos e analgésicos, e nada de ficar dando remedinho pro malandro parar de gritar.
  3. Tenha à mão a lista dos hospitais mais próximos que possuam os soros necessários para inocular o veneno e equipes experientes. Geralmente são os hospitais públicos e universitários com mais probabilidade de ajudar.
  4. Se for possível, capture o animal que causou o acidente e leve-o também ao posto de saúde. Obviamente com o cuidado necessário para que você mesmo não seja picado, né mané?
  5. Ah! Ligue para a SAMU, pelo telefone 192.

Fonte: G1, Instituto Butantan

Pão com poesia: uma idéia para copiar

embalagem_de_pao_poesia.jpgEssa é uma idéia do cacete: em Araxá, Minas Gerais, agora os pães são embalados em sacos de papel com poesias sobre a natureza e cotidiano das pessoas da cidade. Ou seja, nada mais daquelas inscrições “produto da casa” ou “feito com carinho” que povoam nosso insosso café-da-manhã.

É a verdadeira “Inclusão Cultural”: são poesias que falam da natureza, do cotidiano e do próprio pão. Na primeira etapa do projeto – feito em parceria entre uma padaria e a Academia de Letras de Araxá – foram publicadas 60 mil embalagens com dez poemas diferentes. As poesias devem ser renovadas de tempos em tempos. Tem gente que  vai comendo o pão, pega o papel, começa a ler a poesia e fica inspirado o resto do dia.

Bem que nossos blogueiros-poetas como Declev, Gerlane, André Soares, Arthur Campos e André Fernandes deveriam se juntar em projetos semelhantes. Sei lá, talvez enfiando pela goela poesias concretas nas cabeças abstratas de nossos amigos dirigentes.

Fonte: G1

Calvin e Haroldo ferrando o meu domingo

É sério. Eu estava a exatos 5 segundos de apertar o botão “post” de um artigo super detalhado sobre as tirinhas do Calvin e Haroldo – ícone da infância de qualquer menino pensante que hoje está na casa dos 30 e poucos anos – quando resolvi ler os meus feeds antes de publicar. Joguei fora horas de pesquisa, mas sem arrependimento.

Tirinha do Calvin e Haroldo

O Leonardo acabou com minha manhã de domingo. Chegou na frente: postou o que eu gostaria de publicar sobre o Calvin. Então vão lá ler o artigo do cara, e finjam que fui eu quem escrevi, ok? Tá valendo.

E pra quem gosta do Calvin e do Haroldo, visitem o Depósito do Calvin. Excelente para matar a saudade. O Inagaki também tem um artigo antigo, mas excelente, sobre o garoto loiro.

Aliás, uma pergunta: conhecem alguma menina que foi fã do Calvin?

Sexo no elevador ou aula de português?

Como qualquer mortal que não quer dar vexame, de vez em quando eu preciso fazer umas consultas na gramática para não escrever besteira. De vez em quando peço até ajuda de alguns amigos.

Gramática da Língua Portuguesa

Dessa vez foi aquele amigo Goiano, o mesmo do curso de alemão. Com sua eloqüência típica, começou com uma historinha picante:

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: “ótimo”, pensou o substantivo, “mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos“.

Pensei cá com meus botões: “como esse cara inventa essas coisas?”. Pensei em interromper para perguntar, mas deixei continuar:

Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.

Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

Putz! Eu já sabia como iniciar uma história, mas esse cara sabe fazer um final interessante:

Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

Apesar do malandro não respondido patavina da minha dúvida, pelo menos gostei da história.

E você?