E não é que o carioca foi dar no Ceará?

Sem trocadilhos, por favor.

Pesquisando por aí descobri que o Carioca no Cerrado foi citado na coluna Pop Up do caderno Zoeira do jornal Diário do Nordeste de Fortaleza, Ceará. Infelizmente no site do jornal não consta o nome do editor da coluna. Quem souber, me avise.

Confira a matéria completa.

[UPDATE 30/10/2007]

O editor da coluna é o Leonardo Fontes, do BlogueIsso! e que gentilmente cedeu a imagem da página.

Coluna Pop Up do caderno Zoeira do jornal Diário do Nordeste

Pé na porta!

Putz meu chapa! É coisa de maluco.

Imagine você passar quase toda a sua vida num mesmo lugar, fazendo as coisas de um jeito. Aquele meio malandro, meio esculhambado, tipo ah! tá legal assim mesmo. Dirigir como um animal numa selva de carros e prédios, ruas estreitas, buracos te engolindo. Sinal amarelo? Acelera essa merda! Vermelho? Senta o pau senão te assaltam. Normalíssimo. Vidro do carro sempre fechado. Almoço no restaurante da esquina, rápido, uma horinha. Cerveja na praia final de semana, carro todo sujo de areia. Galera aparecendo em casa sem avisar. E quando marca, não aparece. 

Até que te jogam num lugar estranho. As ruas são largas e sem prédios. Chega a ser claustrofóbico de tanto espaço. Os carros, em vez de funk, tocam música sertaneja às alturas. Você tem que frear o carro na porra do meio da rua, quase batendo no da frente, pra neguinho atravessar. E ainda levar uma dedada na cara se faz cara feia! sinal amarelo? Segura o carro, meu chapa. Vermelho? Carro paradinho. Vidro sempre aberto, sem problemas. Na hora do almoço, quando você está dando um pulinho em casa, o rádio informa as condições do trânsito. E você presta atenção! Duas horinhas sem nada pra fazer.

E o mais interessante de tudo… é que você passa a gostar acostuma! Estranho era a outra vida!

É disso que esse blog vai tratar, a partir de hoje: um manual de sobrevivência do cerrado. A visão de um carioca sobre o povo candango, as estranhezas pra quem é de fora, o inusitado, o que funciona, a loucura.

Só vai faltar a praia.